segunda-feira, 29 de junho de 2009

Desenvolvimento mediúnico

Ê saudade...olha eu de novo...

Demorei um pouco, mas não parei ainda não...

Dessa vez, mediunidade (ou um pouquinho sobre...), retirado da Revista Cristã de Espiritismo falando um pouquinho sobre as fases de desenvolvimento da mediunidade.

Pra quem quiser saber mais, em breve discutiremos isso na mocidade também...

Abraços


Fred

PS.: o texto é meio longo, mas tenham paciência porque é bem interessante...


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Embora em diferentes graus e tipos, todos nós temos a mediunidade e, por esse motivo, todos somos médiuns. Essa faculdade é inerente ao homem, não constituindo um privilégio exclusivo. Porém, entendemos comumente como médium todo aquele que sente a influência dos espíritos de forma ostensiva...



Reparemos que, ao nosso redor, há ignorância, miséria, lágrimas, feridas, dores e erros. Pois bem, é por meio dos médiuns que os espíritos nos instruem, suavizam a miséria, enxugam as lágrimas, cicatrizam as feridas, mitigam as dores e corrigem os erros. A mediunidade, quando equilibrada, faz com que nós, habitantes da Terra, trabalhemos juntos na construção do reino de Deus.



Mediunidade infantil

Geralmente, o processo de desenvolvimento da mediunidade é cíclico, ou seja, ocorre por meio de etapas sucessivas em forma de espiral. O primeiro ciclo vai de zero aos 12 anos de idade, período no qual as crianças possuem a mediunidade à flor da pele, por assim dizer, mas com o resguardo da influência benéfica e controladora dos espíritos protetores, chamados por algumas religiões de “anjos da guarda”.

Nessa fase infantil, as manifestações mediúnicas são mais de caráter anímico. A criança projeta sua alma nas coisas e nos seres que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras de seus protetores, às vezes observa e denuncia a presença de espíritos e, não raro, transmite avisos e recados destes aos familiares de maneira positiva e indireta. Quando passam dos sete ou oito anos, as crianças se integram melhor ao condicionamento da vida terrena, desligando-se progressivamente das relações espirituais e dando mais importância às relações humanas.

No entanto, não é aconselhável o exercício da mediunidade em crianças, uma vez que o organismo delas, débil e em formação, pode sofrer fortes abalos. Além disso, a imaginação está em intensa atividade e pode haver uma grande excitação, sem contar que elas não possuem discernimento suficiente para lidar com os espíritos.

Às vezes, as manifestações mediúnicas apresentadas pela criança são causadas pelas perturbações existentes no ambiente do lar. Neste caso, o mais recomendável é atendê-la com passes, para eliminar as manifestações, e orientar o comportamento dos familiares adultos, para que as tensões espirituais não reflitam mais nela.

Agora, se a manifestação mediúnica for espontânea e equilibrada, deve-se aceitar os fenômenos com naturalidade, mas sem estimulá-los nem tampouco querer colocar a criança em um verdadeiro trabalho mediúnico. Convém que ela seja encaminhada para a evangelização e o conhecimento doutrinário adequados à sua idade, a fim de que, no futuro, ela esteja devidamente preparada para entender sua faculdade e empregá-la bem.



Manifestações mais intensas

O segundo ciclo de desenvolvimento da mediunidade começa geralmente na adolescência, a partir de 12 ou 13 anos de idade. Como dissemos, no primeiro ciclo, só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança. Já na adolescência, o corpo amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. Então, é tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre a questão da mediunidade.

Diante disso, não se deve tentar o desenvolvimento da mediunidade em sessões. O passe, a prece e as reuniões de estudo doutrinário são os meios de auxiliar o processo sem forçá-lo, dando ao adolescente a orientação necessária. A adolescência é a hora das atividades lúdicas, dos jogos e esportes, do estudo e aquisição dos conhecimentos em geral, de uma integração mais completa na realidade terrena. Portanto, não se deve forçar os adolescentes, mas estimulá-los no tocante aos ensinamentos espirituais, abrindo suas mentes para o contato mais profundo e constante com a vida no mundo. Os exemplos dos familiares influem mais em suas opções do que os ensinamentos e as exortações orais.

Já o terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre 18 e 25 anos de idade, tempo dos estudos sérios. No entanto, se a mediunidade não se definiu devidamente até esta fase, não devem haver preocupações, uma vez que existem processos nos quais sua verdadeira eclosão leva até cerca de 30 anos para ocorrer.



Potencialidade e educação

Na verdade, a potencialidade mediúnica nunca permanecerá letárgica. Ela se atualiza com mais freqüência do que supomos, passando de potência a ato em diversos momentos da vida, através de pressentimentos, previsões de acontecimentos simples, como o encontro de um amigo há muito ausente, percepções extra-sensoriais que atribuímos à imaginação ou à lembrança e assim por diante.

Portanto, os problemas mediúnicos consistem apenas e tão-somente na disciplinação das relações espírito-corpo, que chamamos de “educação mediúnica”. À medida que o médium aprende, como espírito, a controlar sua liberdade e selecionar suas relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna cada vez mais segura.

O bom médium é aquele que mantém o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de modo a criar para si mesmo um ambiente espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo. A dificuldade maior está em se fazer o médium compreender que, para tanto, ele não precisa se tornar santo, mas apenas um homem de bem. Deve ser espontâneo, natural, uma criatura normal, que não tem motivos para se julgar superior aos outros. Quando não orientada para os caminhos do bom senso, a mediunidade pode turvar a vida e ser instrumento de perturbação geral, porém, em harmonia, pode fazer grandes coisas.

A educação mediúnica pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo bastante brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida. O desabrochamento de uma faculdade mediúnica e seu constante aprimoramento necessita, dentre outras coisas, de educação, esforço, disciplina e aquisição de valores morais e espirituais, a fim de se evitar ciladas, enganos, perigos e dissabores que podem ser gerados pela invigilância, pela indisciplina e pelo despreparo.

É importante que o médium não procure na mediunidade um objetivo de simples curiosidade, diversão ou interesse particular, mas que a encare como coisa sagrada que deve ser utilizada para o bem de seu semelhante, sustentada na elevação moral e no estudo sério e edificante. Na primeira fase do desenvolvimento, o médium deve evitar qualquer pretensão vaidosa no sentido de se supor capaz de grandes feitos mediúnicos.

Aquele que se educa espiritualmente e amadurece seu dom através do esforço, do estudo e da disciplina moral passa a ser assistido pelos bons espíritos, que o preservam das ciladas do mundo invisível. Os bons médiuns são raros por falta de uma educação e um adestramento seguro. A faculdade mediúnica é delicada e necessita de acuradas precauções, perseverantes cuidados, método, aspirações nobres e da conquista de uma cobertura espiritual de caráter elevado. O ambiente da prática mediúnica deve ser seguro, organizado e sério, para evitar o perigo de um falso desenvolvimento em que predominam as viciações, bem como os condicionamentos, o automatismo, as falsas concepções do que sejam os espíritos guias, as mistificações e a obsessão.

(por Edvaldo Kulcheski)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Filhos antes da hora

Eu de novo

Dessa vez, gravidez...porque acredite ou não, todos corremos esse risco, e essa história de "comigo isso não vai acontecer" é pura ilusão...

Quem já provou sabe o tanto que é bom, quem não provou, tem vontade, mas nunca se esqueçam: filho é pra vida inteira e qualquer atitude contra isso é um crime, tanto na lei humana quanto na divina.

O texto hoje foi tirado do site da revista "Veja", edição especial Jovens de 2003 e tem outras matérias que explicam algumas coisas. Pra ver o site completo, é só clicar aqui.

Abraços


Fred

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A gravidez na adolescência é um desastre na vida de qualquer menina. Uma jovem que tem seu bebê aos 16 anos se vê com a tremenda responsabilidade de ser mãe numa época em que deveria estar se preparando para o vestibular e dando os primeiros passos rumo à carreira profissional. Meninas entre 15 e 19 anos deram à luz 1 milhão de bebês no ano passado, de acordo com os números do Ministério da Saúde. Há um paradoxo aí, que só os hormônios em ebulição e a impetuosidade natural da idade podem explicar. Nunca uma geração esteve tão bem informada sobre métodos anticoncepcionais e consciente da necessidade de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis. O índice de jovens que dizem só transar de camisinha chegou a 90% numa pesquisa realizada pela Unesco, que ouviu 16 000 estudantes de catorze capitais brasileiras. Mas essa taxa cai drasticamente quando o namoro fica sério. Só dois em cada dez continuam a usar o preservativo com a assiduidade dos primeiros tempos. Daí à gravidez indesejada basta um vacilo.

Os brasilienses Taís Vidal de Oliveira Feijó e Arthur Duarte França começaram a namorar na escola, quando ela tinha 14 anos e ele, 15. Um ano depois, Taís descobriu que estava grávida. "Só pensava em como contaria para os meus pais. Só tive coragem de falar quando já estava com sete meses de gravidez", lembra. A filha, Isabella, nasceu em 2001. O namoro acabou um ano depois. Com ajuda de sua mãe, que cuida da criança e paga as contas, Taís pôde continuar a estudar. Ela começa neste semestre a cursar direito e Arthur vai prestar vestibular para o curso de marketing. Os dois namoram outras pessoas, mas se vêem todos os dias por causa da filha. "A Isabella passa metade do tempo comigo e a outra metade com o pai", diz Taís.

Qual a responsabilidade dos pais dos adolescentes numa situação como essa? Da mesma forma que não há uma fórmula mágica para garantir que os filhos serão pessoas felizes e bem-sucedidas, não há receita de como prepará-los para a chegada precoce de um bebê. Quando ocorre a gravidez inesperada, não adianta pressionar os jovens nem pensar em obrigá-los a casar. A decisão de levar adiante ou não o relacionamento deve partir do casal. Mas o apoio dos adultos é um fator decisivo para o jovem assumir ou não a criança. Aos 17 anos, a estudante paulista Lina Braga Santin descobriu que estava grávida. Na época, ela terminava o colegial, trabalhava como modelo e curtia a relação com Luciano, de 20 anos, seu namorado desde os 13. Ter um filho definitivamente não estava em seus planos. "Eu sonhava em ser mãe um dia e, após o susto, comecei a ver meu desejo se realizar", diz ela. Lina conseguiu terminar o colegial e em seguida entrou para a faculdade de direito "com o barrigão". Hoje, dois anos depois, ela freqüenta o curso à noite e faz estágio à tarde. Enquanto isso, seu filho, João Gabriel, de 1 ano e 2 meses, fica com a babá. Lina e Luciano não estão mais namorando, mas ele mora a um quarteirão da casa dela e sempre visita o filho.